LOGÍSTICA E TERCERIZAÇÃO.
LOGÍSTICA E TERCERIZAÇÃO.

A tendência rumo a uma maior competitividade nesse mercado
global, está forçando as empresas a desenvolverem estratégias para adequarem
seus produtos para competirem com mais eficácia e eficiência, maximizando os recursos
no processo produtivo, devido à necessidade de criação de elos fortes entre
empresas produtoras e seus prestadores de serviços logísticos (PSL). Muitas
empresas optam por organizações terceirizadas que façam o trabalho de logística.
Mesmo que recente essa modalidade no Brasil vem crescendo tanto para operadoras
nacionais, como também grandes grupos internacionais com experiência.

O operador logístico é um fornecedor de serviços logísticos
integrados (armazenagem, transporte, estocagem e informação), que busca atender
com total eficácia as necessidades das empresas nessa área. Para existir esse
operador é necessário que haja demanda para esse serviço. Esta demanda acontece
quando as empresas decidem ou não terceirizar esses serviços. A decisão de terceirizar
cabe a alta administração, conforme suas estratégias de negócios.  Porém, isso não se dá de forma tão simples.
São necessárias definições quanto a fazer internamente ou fora da empresa. No
caso de se pensar em contratar o operador, o que vem a cabeça é a redução de
custos e a melhoria do nível de serviços, pois permite ao contratante reduzir
seus investimentos em ativos, ter o foco centrado no seu negócio, uma maior
flexibilidade operacional, redução dos custos de armazenagem, estocagem, frota
e tecnologia da informação. Em contrapartida, verticalizando essas ações
permitem aumentar o controle sobre as operações, avaliar e monitorar todo o
processo de uma forma mais eficiente.

Soma-se a isso o fato de as empresas possuírem informações
sigilosas e estratégicas no seu ramo, gerando dificuldades e perdas por estarem
sendo administradas por terceiros. Neste caso, não há possibilidade de
envolvimento e contato direto com seus clientes, dificultando a maximização e
identificação de oportunidades e ameaças frente à dinâmica do mercado.

É interessante que os executivos ponderem sobre diversas
questões para uma decisão acertada. Nesse contexto, a projeção de cenários
permite uma análise mais fiel aos impactos da verticalização ou não
verticalização dos processos logísticos. Se o cenário for de redução de custos,
por exemplo, a opção de não terceirização deve estar embasada na análise
efetiva dos resultados operacionais da logística empresarial.

A utilização de Operadores Logísticos no Brasil apesar de ser
recente já é uma realidade que apresenta problemas e oportunidades. As
oportunidades são oriundas do enorme potencial do mercado brasileiro, como
também pela efetiva adoção do conceito de logística integrada. Alguns problemas
encontrados: má qualidade de infra-estrutura física, pouco conhecimento sobre a
indústria, dificuldade de identificação de parceiros logísticos, acreditar que
os custos são mais relevantes, em detrimento da qualidade dos serviços
prestados.

A indústria de operadores logísticos no Brasil é composta por
empresas nacionais com pouca experiência e empresas estrangeiras com vasto know
how
. Poucas indústrias nacionais têm experiência sólida quanto às
estrangeiras havendo, portanto, algumas fusões entre elas. Existe pouca
qualificação e treinamento de mão-de-obra, principalmente treinamento
gerencial. As principais barreiras ao desenvolvimento dos operadores logísticos
no Brasil é o sistema tributário, as deficiências de infra-estrutura do país,
como também o alto custo de soluções tecnológicas e de informação.

A
realidade brasileira é composta de empresas que ainda estão no patamar de
prestadores de serviços logísticos tradicionais. Atendendo somente ao segmento
de transporte ou armazenagem, sem dar um tratamento de logística integrada
moderna exigido pelo mercado globalizado. Outra questão relevante é que as
empresas brasileiras dão ênfase à contratação de prestadores de serviços
logísticos com menores custos sem analisar de fato a relação custo-benefício.

Em meio ao que foi exposto, o mercado de operadores
logísticos realmente vem evoluindo muito, a realidade comprova isso. É verdade
também que se trata de um segmento promissor e que tem muito a crescer. Porém,
para que se concretize, há bastante trabalho pela frente, que envolve desde
capacitação de recursos humanos e investimentos em tecnologia até uma relação
mais profissional entre cliente e prestadores de serviços. Desta forma,
realizando parcerias que não se restrinjam a reduzir custos, e sim em gerenciar
melhor os negócios.

 

A
questão de terceirizar sua logística ou não, é uma questão de competência. Se
para uma empresa a Logística é parte fundamental e importante do negócio e ela
tem competência para ter uma boa gestão Logística então não vale a pena
terceirizar.

Mas se a empresa percebe que ela não consegue "acertar" sua
Logística e isso está prejudicando o seu desempenho no mercado, aí sim ela deve
TERCEIRIZAR urgentemente sua Logística e entregar essas atividades para uma
empresa ou pessoas que entendem realmente de Logística. Assim ela terá
indicadores que mostrarão sua performance em relação ao mercado e aos seus
concorrentes. Isso pode fazer toda diferença.



 

 

 

Por Mayara M. Ferreira





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