Administrar sempre foi sinônimo de gerir, governar
ou dirigir, mas hoje vai muito além. Para administrar é necessário um
aprendizado constante e para entender como funciona a administração no Brasil é
obrigatório conhecer a sua História.
Segundo o Conselho Federal de Administração (CFA) em 1941, foi criado o primeiro curso de
administração no Brasil, na Escola Superior de Administração de
Negócios-ESAN/SP. Somente onze anos depois, ou seja, em 1952 foi criada a
Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, da Fundação Getulio
Vargas (FGV) no Rio de Janeiro- EBAPE/FGV. Ainda de acordo com CFA (2005), a
profissão de administrador foi regulamentada em 1965, com a promulgação da lei
n° 4.769, de 09 de setembro de 1965.
Já na Bahia a primeira instituição a oferecer o
curso foi a Universidade Federal da Bahia em 1961. Assim podemos concluir que a
Bahia foi um dos primeiros Estados brasileiro a oferecer o curso de
Administração. Somente em 1970 a Universidade Católica de Salvador (UCSAL),
obteve autorização para o funcionamento do curso. Em 1972 a Universidade de
Salvador - UNIFACS também ganhou autorização para o funcionamento do curso de
Administração. A partir de então, surgem
outras instituições de Ensino Superior. O curso de Administração é um dos mais
concorridos de acordo com a UFBA (2005).
Hoje no Brasil, os alunos que buscam um curso de
Administração têm em média entre 25 e 45 anos de idade, homens e mulheres, com
dedicação parcial de seu tempo, pois em sua maioria, já trabalham em empresas
privadas, e alguns, em sua própria empresa, diferentemente de outros países,
onde primeiro se estuda, para depois começar a trabalhar. Esta realidade se
reflete, no crescimento dos cursos noturnos e à distância, provocada também,
pela situação econômica do nosso país, e pelo fato, de alguns destes alunos já
serem casados e terem filhos.
Alguns alunos que buscam o curso superior procuram
apenas um “diploma”, achando que, com ele, conseguirão uma melhor colocação no
mercado de trabalho, não se preocupando com o que irão aprender e o quanto isto
lhe trará de conhecimentos, já a maioria, buscam de forma consciente e
responsável, adquirir conhecimentos, visando enriquecimento e realização
pessoal, e é claro, uma melhor colocação no mercado de trabalho, visto que cada
vez mais, as empresas, exigem uma graduação acompanhada de muita determinação.
Essa maioria possui espírito empreendedor e uma
visão empresarial que visa, o cidadão, a responsabilidade social e a
preservação de valores éticos.
Estes alunos percebem logo, que devido à
globalização e a tantas mudanças rápidas, para se tornar um profissional de
Administração, deverá atualizar-se sempre e aprender a trabalhar em equipe,
para assim, adequar-se às turbulências políticas, econômicas e a competitividade
do mercado.
O Curso de Administração Brasileiro busca a
qualificação e credibilidade do profissional, entendida como um conjunto de
competências e habilidades. Para que essa formação seja completa, é necessário
que as instituições disponibilizem aos alunos conhecimento científico, formação
profissional, conhecimento técnico e uma noção de experiência de trabalho com
os estágios.
Essas competências e habilidades citadas ampliam-se
para além do intelectual, exigindo capacidade de comunicação, de relacionamento
social, comportamento e fator político. O que é levado em conta é o saber-ser e
não o saber-fazer e só assim, o administrador estará pronto para atuar como um
agente do desenvolvimento.
Os projetos pedagógicos dos cursos de administração
das escolas brasileiras buscam desenvolver no acadêmico, conjuntos de
habilidades e competências.
De acordo com o Artigo de Antonia Carlinda Cunha de
Oliveira (UEFS) (2005), as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Administração, procuram garantir uma organização curricular
articulada com o projeto político-pedagógico, preservando-se a sua
flexibilidade, para formar profissionais aptos a atuarem no mercado de trabalho
contemporâneo, entendendo a graduação como etapa inicial da formação continuada.
Segundo
Mariotti (1996) fomos educados num clima de competição, estimulados a lutar uns
contra os outros, sendo que a competição seria própria da natureza humana, e,
portanto, representaria a chave para todas as portas.
O mercado
de trabalho está passando por profundas transformações. Cada vez mais
profissionais, principalmente no nível executivo, estão se defrontando com
novos desafios, tais como globalização, descentralização e terceirização. As
próprias noções de emprego e trabalho estão mudadas. Nesse sentido, este
administrador deverá ter bem claro em sua mente qual é o seu papel, num mercado
cada vez mais tumultuado e competitivo. E agora, o que fazer diante de um
cenário que requer um 'novo administrador', consciente de sua responsabilidade.
Há uma
necessidade muito grande de saber lidar com a inovação, em todos os aspectos,
sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação, com agilidade, para
aproveitamento da situação. É fundamental a preparação para interagir, através
de cursos direcionados, dinâmicas de grupos com profissionais especializados,
adquirir mais e melhores conhecimentos dos seus companheiros de trabalho;
monitorar e influir no clima organizacional, nos fatores de estimulo e
motivação, e na cultura organizacional, através de seus valores, hábitos e
crenças.
O perfil de
administrador na atualidade apresenta uma série de características que vão
determinar o seu sucesso ou não como administrador, entre elas estão:
equilibrar criatividade com a perspicácia, visão globalizada, construir
credibilidade, ter poder de persuasão e convencimento, rapidez para adaptar-se
às mudanças e reagir positivamente a elas, senso de responsabilidade social,
estar atento às oportunidades de mercado e tomar conhecimento do que acontece a
sua volta, procurar deliberadamente aprender, pois isso afeta os negócios e
entender que ele é o único responsável pelo seu sucesso ou não, bem diferente
do administrador do passado que achava que o aprendizado ocorria em sala de
aula e bastava e responsabilizava o chefe pelo sucesso ou não em sua carreira.
O mercado
requer um administrador multiqualificado, pois, de acordo com a idéia
generalista os trabalhos de agora exigem mais do saber intelectual do que da
capacidade técnica. Pois o administrador deve saber diagnosticar e solucionar
problemas, além de possuir desenvoltura para trabalhar em grupo. Todo
administrador, deve transformar-se sempre e entender intimamente de certos
assuntos, especialmente em atividades que tornarão suas aptidões evidentes,
necessárias e personalizadas.
O campo de trabalho no
Brasil é amplo. Cerca de metade dos cargos em uma empresa é para funções
administrativas, mas o mercado é muito competitivo. Aproximadamente dois
milhões de estudantes formam-se por ano, e não há vagas formais para
absorvê-los. Ainda existe a concorrência de graduados de outras áreas que fazem
especialização ou MBA e conseguem emprego na área Administração.
Apesar disso, o mercado
de trabalho para administradores no Brasil está crescendo junto com a economia.
Grandes companhias estão ampliando seus quadros de funcionários e as empresas
familiares estão se profissionalizando e buscando candidatos com boa formação
para fazer parte de seus quadros. Como a atuação do administrador é bastante
ampla, esse profissional se faz necessário em todo tipo de empresa (fabril,
comercial, serviços, agronegócio) e em praticamente todas as áreas, desde a
comercial, passando por logística, financeira e compras, até recursos humanos.
O mercado de trabalho local é bastante competitivo devido à importância da
localização da cidade, a mesma lidera a região e abrange 96 municípios de
população superior a 2,5 milhões de habitantes. A Cidade de Feira de Santana é
responsável pela segunda economia regional do Estado, com vínculos econômicos e
relações de transações comerciais de várias regiões.
O campo de atuação do administrador é
amplo. Ele deve planejar, organizar e controlar as atividades de empresas
públicas e privadas, além de traçar estratégias e métodos de trabalho nas mais
variadas áreas (rurais, hospitalar, agroindustrial, escolar, financeira, dentre
outras).
A competitividade do mercado de
trabalho dos administradores brasileiros faz que os estudantes se especializem.
Também conhecida como Educação Continuada, a especialização está presente para
todos que querem se destacar e adquirir experiência profissional e
qualificação. Essa necessidade, infelizmente dá espaço para que a indústria da
especialização crie cursos, principalmente MBA (Master in Business Administration, especialização em administração: são
cursos de especialização, não dão diploma e sim certificado. O MBA pode enfocar
alguns segmentos que o mestrado profissional não permitiria por conta da
legislação), que nem sempre estão de
acordo com o padrão exigido pelo MEC. Para especialização existe também o mestrado profissional que é um curso stricto
sensu, isto é, garante ao formado o título de mestre e um diploma de conclusão
reconhecido legalmente.
A cada ano, novos
profissionais chegam ao mercado de trabalho e quem está nele há mais tempo
sente necessidade de atualização.
No
Brasil, as empresas que têm preocupação com o social são mais respeitadas,
tendo assim uma vantagem competitiva entre as demais organizações. Infelizmente
o numero de empresas que se envolve com essa questão ainda é baixo. Mas, com o
passar do tempo a questão social passará a ser um item obrigatório para que as
organizações se sustentem no mercado atuante a questão não é tornar-se
instituição de caridade, mas sim tornar-se uma empresa reconhecida, que
conquista e encanta seus clientes não apenas buscando retornos financeiros
positivos.
Diante desse cenário, entra em ação o Administrador, que tem a função de
mostrar que a responsabilidade social tem que fazer parte dos interesses de uma
empresa, visto que atrela retorno, visibilidade e benefícios internos e
externos para a empresa. O Administrador precisa saber que essa questão social
é um processo necessário para todas as empresas, sendo públicas ou privadas.
Cabe ainda a este profissional
conscientizar as organizações sobre a importância da cidadania empresarial e se
manter como articulador nessa motivação empresarial, pois o administrador tem
controle sobre todos os processos da empresa e conhece os benefícios que a
responsabilidade social agrega a uma organização. Assim, o administrador
tornar-se fundamental para a gestão com responsabilidade social, pois é o
profissional com a visão geral da empresa e sabe agir para buscar resultados.
Existe a necessidade de quebrar paradigmas e
investir em inovações, estando sempre abertos às mudanças de um mundo
globalizado.
Por:
Alexsandro Rios de Oliveira
Camila Santos Bispo
Joana D’Arc Rios Guirra
Stéphany Rezende Campos