Segundo o Conselho Nacional de Administração a primeira
empresa júnior surgiu na França em 1967, na ESSEC (L'Ecole
Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales de Paris). Em 1986, quando
já existiam mais de 100 empresas juniores francesas, o conceito começou a
difundir-se pelo restante da Europa, onde encontrou novos formatos e ocasionou,
em 1990, a criação da confederação européia de empresas juniores, a JADE (Júnior
Association for Development in Europe).
Uma empresa Júnior é aquela que fornece serviços voltados
a vivência externa da academia aos estudantes de ensino superior e técnico para
micro e pequenas empresas que prestam consultoria/desenvolvimento e
aperfeiçoamento de projetos. Elas são associações sem fins lucrativos e praticam
preços de custo; preços estes que servem apenas para a manutenção da mesma. Seu
objetivo principal é nortear o estudante na área de atuação escolhida, trazendo
experiências que na academia seria apenas “mera” teoria. Normalmente as
empresas júniores estão no ramos de Administração, Engenharia, Ciências Contábeis,
Ciências Econômicas e também direito, através de professores capacitados que acompanham
e orientam os alunos nos atendimentos.
Os alunos que atuam na empresa júnior, normalmente
recebem o “cliente” que apresenta um pré- projeto do que se quer fazer, das vontades,
necessidades e etc. Após essa primeira etapa que seria a entrevista há uma
marcação de um segundo encontro. Neste intervalo, os estudantes farão
pontuações no pré-projeto; entre si. O qual será apreciado pelo professor/orientador
para possíveis correções ou não.
Com isto, a empresa júnior tornou ao longo dos anos uma
empresa de consultoria que através de sua equipe (alunos graduandos, mestre e
doutores que orientam, fundamentam o conhecimento destes) vem trazendo a
sociedade empresarial, soluções diferenciadas, de deficiências com apresentação
de projetos e também de projetos que chegam e saem melhores/aperfeiçoados.
Crescendo com a sociedade e melhorando cada vez mais sua
experiência mercadológica e levando os alunos ali inseridos ao clímax da profissão.
Sua formação se dá por uma sociedade civil sem fins lucrativos, com missão,
visão e objetivos bem definidos. Sendo mais uma porta para inserção no mercado
de trabalho que, a cada dia que passa, fica mais competitivo e exigente no
quesito contratação de novos/futuros talentos.
Naone Manoel Garcia, diretor da Confederação Brasileira
de Empresas Junior. Disse que: “Buscamos empresários juniores que entendam que
fazer parte de uma empresa júnior é como fazer parte de uma academia..., Você
precisa para desenvolver as competências você precisa participar de projetos
internos, externos, participar de reuniões e realmente buscar o seu
desenvolvimento”.
O Bom Dia Brasil, jornal da TV Globo, mostrou uma
reportagem no dia 03/01/11, que o nosso país é o que mais tem empresas Juniores
no mundo, “São cerca de 1,2 mil que têm micro e pequenos empresários
como 90% dos clientes”.
Mercado de trabalho: Após ter
participado de uma dessas empresas, o graduando chegará ao mercado mais
consciente de seu papel, mais prático e também “ciente” de algumas situações do
dia-dia de uma empresa.
Outro norte prático, são os balcões de cidadania que já
são intuições situadas fora da academia com alunos orientados por profissionais
da área de direito que já fazem encontros de conciliação de causas como:
separação, divorcio, entrada com pedido de alimentos e etc.
Na Bahia, destaca-se a empresa Júnior a Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS) a Universidade Federal da Bahia (UFBA) que
possuem laboratórios para acesso a estas praticais estudantis, o que tem
enriquecido bastante a vida do acadêmico e trazendo pra mais perto questões que
serão deparadas ao longo da vida profissional.
Contudo toda e “qualquer” prática na área do conhecimento
especifico de formação , só tem a enriquecer a vida do graduando que terá
melhor rendimento na carreira pessoal e profissional escolhida.
Por Oséias Mascarenhas -
12/05/11