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A ERA DO CONSUMISMO DESENFREADO
A ERA DO CONSUMISMO DESENFREADO

Todas as pessoas precisam
consumir a fim de satisfazer suas necessidades básicas para a sobrevivência. O
consumo apresenta-se como atividade natural e saudável, quando praticada de
forma consciente e dentro do necessário, sendo assim indispensável. Até então,
nenhuma novidade. O fato é que esta aquisição
de bens vem, de longa data, sendo feita de maneira desenfreada pelos diversos segmentos
da sociedade a ponto de abalar as estruturas financeiras das pessoas. O ser
humano, eterno insatisfeito por excelência, apresenta-se sempre com uma vontade
a ser saciada, enquanto isso não acontece, o descontentamento é inevitável,
então, quando o desejo é satisfeito, a vontade cessa por pouco tempo dando
lugar a uma outra vontade. Dessa maneira o sujeito tende a uma satisfação superficial e imediata de seus conflitos
interiores que se apresentam sintomaticamente através do consumismo.

Observamos uma “fila” de
algumas semanas para adquirir a nova bolsa da grife Louis Vuitton, a Lockit
Alligator, por R$ 58 mil, bem como a abertura de novas lojas em São Paulo da
Giorgio Armani e da francesa Hermès, além da Gucci que também está chegando,
para atender aos consumidores que representam menos de 1% da população
brasileira, sendo que ao mesmo tempo tivemos acesso ao crescimento da classe
média no país, conforme estudo da FGV, em que mais da metade da população
(51,8%) recebe entre R$ 1.064 e R$ 4.591 por mês. Os gastos da família
brasileira média, conforme estudo do LatinPanel (07/2008), se dividem em: 19,3%
alimentação no lar, 13,4% habitação, 12,6% transporte, 10,2% contas de água e
luz e outras, 7% com saúde, 6,4% vestuário e 4,6% alimentação fora do lar.
Sendo que o maior grupo hoje já é representado por pessoas que vivem sozinhas
ou casais sem filhos – 27% da população. As crianças são as maiores vítimas da
overdose de propagandas, só nos EUA elas são responsáveis pelo gasto de 500
bilhões de dólares por ano.

No Brasil somente as famílias que
tem renda acima de 4.000 reais por mês, tem condições de consumir supérfluos,
ou seja, 17 milhões de brasileiros. Por essa conta 165 milhões estão excluídos
da fará consumista. Desde 2002 o Nordeste Brasileiro vem tendo um crescimento
inesperado de consumismo, cresceu 143,5%, acima da média nacional que foi de
126,3%, revela o estudo “Brasil em foco”. O Nordeste é o segundo maior mercado
consumidor do país, ultrapassando o Sul desde 2008, muitas empresas estão
instalando-se no Nordeste por ter mão de obra barata, incentivos fiscais, isso
desenvolve o crescimento local da região ampliando a massa consumista.

As condições favoráveis no mercado de crédito, juntamente
com as perspectivas positivas para o mercado de trabalho e renda, continuam
estimulando o aumento do consumismo e do endividamento. O brasileiro está
comprando mais, e está utilizando várias vezes financiamentos, crediários,
cheque especial e não está conseguindo mais pagar, segundo dados
do Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física, a
inadimplência dos consumidores no país subiu 1,7% em 2007 em relação
a 2006. Em dezembro do ano passado, a alta foi de 10,2% ante igual período de 2006.

 O consumismo não nos dá boas perspectivas
sociais e ambientais. Hoje estamos presenciando os altos níveis de obesidade,
as dívidas pessoais crescentes, a infelicidade crescente, o menor tempo livre
para o lazer, o meio ambiente maltratado e por fim, o aumento da violência para
sustentar o consumismo de quem não tem um bom nível de renda ou então de
pessoas gananciosas que sempre querem mais.

O que se torna perceptível é que, diante desses fatores de
mudança contínua, a tarefa dos profissionais de marketing é cada vez mais árdua
pela disputa por parte da renda dessa população, tendo que despender mais
esforços no sentido de localizar seu target, selecionar adequadamente os
veículos para “falar” com ele e se utilizar de mensagens que façam sentido a
cada público. Cada vez mais o profissional de da área televisiva tende estar
totalmente informado e ampliando seus meios de merchandising, ampliando também
a massa consumista do país, pois, é o consumismo desenfreado que possibilitou o
aumento de profissões no ramo de marketing e propaganda. Estamos tendo muito
mais trabalho a tecnologia do mundo globalizado está resumindo vários cargos
que antes eram de seres humanos, onde trabalhavam quinze homens hoje uma
máquina faz tudo com muito mais precisão e produção. Devemos entender que o
mundo não está assim porque ele é assim, nos meros mortais que estamos mudando
o ritmo da vida e da natureza, isso está sendo observado e sentido por todos
mas, ninguém esta muito preocupado com o que esta fazendo ou deixando de fazer.

GEOVANI SANDRIN

 

PERGUNTAS VÍDEO:

 

O
consumo desenfreado que estamos tendo, tem ajudado no amadurecimento das
empresas do Nordeste nos últimos 10 anos?

As
empresas precisam se conscientizar sobre reaproveitamento e reciclagem de
matérias e sobras?

O que
leva uma pessoa a ser compulsiva com relação ao consumismo?

Descontar alguma frustração
nas compras. É como se recompensasse algo para se sentir um pouco mais aliviada
da tensão.



Os piores motivos do consumismo é a pessoa fazer absurdos em nome do gasto,
como sempre ficar no cheque especial no final do mês e dar o calote nos
cartões, ficando com nome ujo no SPC Serasa.

Em que medida o
consumismo desenfreado de bens, pode agravar a vida das pessoas?

Não só como um grave problema financeiro se a dose do gasto não for
balanceada com a dos ganhos.

Um consumista na maioria das vezes tem vários problemas psicológicos e tenta
através do consumo suprir suas necessidades e carencias.

Comprar e ser feliz, mas isso é no momento o verdadeiro problema continua a
atingi-lo. Uma terapia é sempre útil nesta situação.

O consumo desenfreado tornou-se
uma terapia moderna?

Daqui a pouco vamos ter que comer resíduos.

Estamos quase no TOP dos maiores produtores de lixo do mundo, o que é bem
vergonhoso para nós. Canso de ver adolescentes cuspindo chicletes no chão,
jovens jogando latinha pelas janelas do carro, fumantes jogando pitucas no chão.
A produção de resíduos é inerente à condição humana.

O impacto da
propaganda e da publicidade repassado para as crianças, pode ser preocupante?

Toda a comunicação mercadológica diz a crianças que elas serão mais felizes
se possuírem ou usarem determinado produto ou serviço. Isso também é feito para
atingir adultos, com a diferença de que as crianças não compreendem a
complexidade das relações de consumo e acreditam literalmente no que lhes é
apresentado. Essa influência pode causar distúrbios alimentares, erotização
precoce, dependência de tabaco e álcool, predominância de valores
materialistas, estresse familiar, dentre outros.

 

O consumismo desenfreado
esta dentro da nossa vida inconscientemente como podemos mudar nossos modos
para um futuro melhor?

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